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terça-feira, 17 de maio de 2011

Todos os papas: 3 – Anacleto ou Cleto (Mártir. Papa de 76 a 88)

Anacleto (latim: Anacletus) ou Cleto foi o terceiro Papa da Igreja Católica e o segundo  sucessor de São Pedro na Sé apostólica. O nome Cletus vem do grego antigo e significa "aquele que tem sido chamado" e Anacletus significa "aquele que tem sido chamado de volta".
Sua biografia é incerta, confusa.

Seus dados biográficos foram embaralhados ao serem transcritos durante o transcorrer do tempo. Ele teve a sua biografia publicada como se fossem duas pessoas distintas. Os escritos de Santo Ireneu e de Eusébio de Cesaréia confirmam sua eleição como Anacleto I ou abreviadamente como Cleto, o que levou alguns a pensar que fossem dois papas diferentes e com datas comemorativas diferentes, uma em 26 de abril e outra em 13 de julho.
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O engano parece ter sido cometido por algum copista que teria visto o nome de Anacleto abreviado em alguma anotação (Cleto) e o tomado como outro personagem histórico. Só após a revisão dos anos 1960, por Duchesne, verificou-se que se tratava da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada

Anacleto nasceu em Roma, aproximadamente no ano de 45, em uma família de pretorianos. Ao converter-se ao cristianismo foi discípulo por um curto período de Pedro, que o designou para trabalhos apostólicos em Roma e adjacências.

Igualmente ao seu antecessor Lino, foi perseguido e encontrou muitas dificuldades para exercer o seu pontificado, por defender corajosamente as causas da Igreja desafiando os mandatários da época.

Anacleto viveu em uma época em que se variava bruscamente do clima de paz à ferozes perseguições aos cristãos durante o reinado do imperador Vespasiano e seus dois filhos sucessores, Tito e Domiciano.
Neste período os cristãos acreditavam aproximar-se o fim do mundo e o juízo final, baseados na pregação de João Evangelista.
Durante seu papado ocorreu a erupção do Vesúvio.
Aproveitou sabiamente um período de trégua concedida aos cristãos sob o reinado do imperador Vespasiano para organizar o crescimento da Igreja.
Um dos poucos registros sobre seu papado revela que ele autorizou um número incerto de sacerdotes em Roma, sancionou a veneração ao túmulo de São Pedro, construindo um monumento sobre a sua sepultura.
A ele atribui-se várias orientações que condenam o culto de objetos mágicos e de feitiçaria e de aceitarem comidas oferecidas aos deuses pagãos, a instauração da Saudação e Bênção Apostólica na abertura das mensagens papais.
Após 12 anos de papado, o imperador Domiciano investiu furiosamente contra a Igreja perseguindo com atrocidade os seus seguidores por todo o império romano, sendo o seu alvo principal o mandatário Anacleto.

O imperador o caçou por todas as localidades existentes, onde o pontífice poderia se esconder. Durante a perseguição Anacleto não parava de consolar os cristãos e de levar adiante a sua missão.

Encontrado pelos soldados, foi amarrado e levado preso. Foi submetido à tortura e martirizado no dia 26 de abril de 88. Sendo um dos mártires da Igreja Católica foi sepultado ao lado de São Pedro e tornou-se um dos santos da Igreja.