Existem divergências quanto ao período de pontificado de Lino. Alguns o situam entre 64 ou 67 a 76, 77 ou 79. Porém o mais aceito é 67 a 76.
Segundo papa da Igreja e primeiro sucessor de Pedro. Nasceu em Volterra, região da Toscana, Itália, por volta do ano 30. Ardoroso defensor da fé nos trabalhos apostólicos. Era filho de Herculano. Os dados anteriores de sua vida não são conhecidos. Quando foi para Roma não era cristão. Foi convertido ao cristianismo por Pedro e Paulo, sendo um de seus primeiros discípulos.
Enfrentou corajosamente a feitiçaria e as primeiras tentativas de infiltração de heresia no seio da Igreja. Sagrou 18 sacerdotes e nomeou quinze bispos em duas ordenações, transmitindo a estes, com sua autoridade divina, os poderes apostólicos do clero católico nascente. Em seu pontificado trabalhou arduamente para reanimar e orientar os cristãos na verdadeira fé com o objetivo de a Igreja unida. Como papa testemunhou a queda de alguns imperadores romanos e a destruição de Jerusalém.
Lino elaborou as primeiras normas de disciplinares eclesiásticas e litúrgicas, e planejou a divisão de Roma paróquias. Além de prescrever outras normas, estabeleceu um decreto para que as mulheres, ao entrarem na igreja, cobrissem com véu sua cabeça.
Seu nome é mencionado na Bíblia Católica, no texto da Epístola de São Paulo para Timóteo (4:21).
São Lino faz parte do rol dos duramente perseguidos no período da Igreja Primitiva. Governou a Igreja em um período de muitas tragédias políticas que marcaram os governos dos imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.
Foram-lhe atribuídos milagres e curas, inclusive a cura da filha do cônsul Saturnino, que estava possuída por um demônio.
Saturnino, porém, em um gesto de ingratidão, foi quem proferiu a sentença de morte de São Lino, influenciado pelos sacerdotes dos falsos ídolos.
Lino foi decapitado em 23 de setembro de 76. Seu corpo está ao lado do corpo de São Pedro. Canonizado em 1615, tem sua festa votiva comemorado no dia 23 de setembro.