Recorria constantemente ao jejum e não era raro passar até três dias sem se alimentar. Suas refeições eram basicamente compostas de batatas cozidas por ele mesmo ou um pouco de água e pão. Algumas vezes recorria a bolos de farinha de trigo escura. Os alimentos que recebia das pessoas ele distribuía imediatamente com os pobres que encontrava na rua.
Dormia de 2 a 4 horas diárias no chão ou em cama sem colchão e ao acordar ia logo para a Igreja rezar diante do sacrário. A falta de alimentação e de repouso foi motivo do acometimento de várias doenças, entre elas agripnia, distúrbios pulmonares, nevralgias faciais, dor de dente, enterocolite, hérnias, reumatismo, entre outras. Ele mesmo dizia ser possuidor de um estado físico invejável e que a pouca alimentação e as poucas horas de sono eram suficientes para restabelecer suas forças e recomeçar, pois na sua paróquia ele fazia de tudo. Mesmo assim esteve gravemente enfermo por vinte vezes e em todos estes momentos conseguiu se recuperar, assombrando os médicos.
Como exemplo, no ano de 1843, esteve enfermo, vítima de uma fortíssima pneumonia. Seu estado grave fez com que solicitasse que lhe administrassem o Sacramento do Viático e o Sacramento da Unção dos Enfermos e invocou a intercessão de Santa Filomena, com o pedido de cura para sua enfermidade. Foi atendido, pois Santa Filomena o curou e consolou-o com a sua aparição.
Censurado por amigos devido aos excessos cometidos nas penitências Vianney retrucou que “O Senhor não sabe que meus pecados exigem um tratamento como este”. As pessoas também não tinham conhecimento de que além dos jejuns e orações, Vianney recorria à flagelação, ao cilício e outros recursos não recomendados a quem possuía um físico tão frágil.
Trabalho não lhe faltava. A primeira iniciativa foi a reformar a Igreja, para que se tornasse digna de receber o Santíssimo Sacramento, onde ele mesmo passava horas, ajoelhado a rezar.
Esta biografia continua na próxima semana.