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Nasceu no ano de 489 na cidade de Clermont, na diocese de Auvergne, no seio de uma das mais distintas famílias da corte francesa. Seu pai já havia combinado o seu matrimônio com uma jovem de família nobre, filha de um senador, como era costume da época. Porém o jovem, desde criança, já se dedicava à vida espiritual e não pretendia obedecer à tradição social nem seguir promissoras carreiras mundanas.
Saiu de casa e foi se refugiar em uma abadia vizinha à sua região que não o aceitou por não ter o consentimento dos pais. Após muita insistência o pai resolveu concordar (“Que a vontade de Deus seja feita e não a minha”) e o mesmo ingressou no Monastério de Cournou.
Todos se admiram de sua austeridade e inocência. Galo inicia uma carreira direcionada para a fé e os atos litúrgicos, dedicando-se às cerimônias da Santa Missa, especializando-se nos cânticos. Ele tem um gosto particular pelos hinos religiosos e, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Suas virtudes cristãs e sua atuação religiosa fazem com que sua fama espalha-se e chega ao conhecimento do Rei Teodorico na Austrásia, atual Bélgica que o conhece pessoalmente e o faz diácono. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o bispado. Seu rebanho logo percebe os encantos do novo pastor, a sua doçura, sua humildade, sua caridade paternal, conquistando rapidamente a afeição geral. Demonstra como virtude uma paciência verdadeiramente admirável.
Em suas pregações ele sempre destacava a importância da paciência para com o próximo, explicando que ela é uma das virtudes mais importantes e necessária para se ter a compaixão. Seus sermões não continham censuras nem reprimendas.
Conta-se que em uma oportunidade um senhor o ofendeu em praça pública e ele não esboçou nenhuma reação, respondendo com o seu silêncio. Mais tarde este mesmo senhor, com remorso, o procurou e pediu perdão em público.
Deus rendeu homenagem a este santo com vários milagres. Um imenso incêndio ameaçava destruir uma grande parte da vila, transformando todos os prédios em cinzas. Galo aproximou-se do incêndio carregando um livro dos evangelhos e o jogou nas chamas. Enquanto proferia as suas orações as chamas iam se extinguindo até apagaram-se por completo. Em outro episódio suas preces preservaram a vila de um grande terremoto. Durante a peste, suas orações preservaram, também, o seu rebanho e todos aqueles que recebiam as suas bênçãos ficavam curadas do mal.
O santo evoca um grande exemplo de resignação. Após sua a morte, que ocorreu no dia 01 de julho de 554, a população ficou extremamente comovida e seu túmulo tornou-se local de peregrinação, com a população invocando-o nos momento de dor e de necessidades, mesmo antes de sua canonização. Vários milagres foram creditados a sua intercessão. Seu nome foi incluído no Livro dos Santos da Igreja de Roma, cuja festa litúrgica foi mantida no dia da sua morte como quer a tradição cristã.
Foi tio e professor de outro santo da Igreja, o bispo Gregório de Tours. Ele é invocado contra a febre.
Sua festa é celebrada no dia 1º de julho.