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terça-feira, 10 de maio de 2011

São Galo

Imagem do site oracoes.info
Nasceu no ano de 489 na cidade de Clermont, na diocese de Auvergne, no seio de uma das mais distintas famílias da corte francesa. Seu pai já havia combinado o seu matrimônio com uma jovem de família nobre, filha de um senador, como era costume da época. Porém o jovem, desde criança, já se dedicava à vida espiritual e não pretendia obedecer à tradição social nem seguir promissoras carreiras mundanas.
Saiu de casa e foi se refugiar em uma abadia vizinha à sua região que não o aceitou por não ter o consentimento dos pais. Após muita insistência o pai resolveu concordar (“Que a vontade de Deus seja feita e não a minha”) e o mesmo ingressou no Monastério de Cournou.

Todos se admiram de sua austeridade e inocência. Galo inicia uma carreira direcionada para a fé e os atos litúrgicos, dedicando-se às cerimônias da Santa Missa, especializando-se nos cânticos. Ele tem um gosto particular pelos hinos religiosos e, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Suas virtudes cristãs e sua atuação religiosa fazem com que sua fama espalha-se e chega ao conhecimento do Rei Teodorico na Austrásia, atual Bélgica que o conhece pessoalmente e o faz diácono. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o bispado. Seu rebanho logo percebe os encantos do novo pastor, a sua doçura, sua humildade, sua caridade paternal, conquistando rapidamente a afeição geral. Demonstra como virtude uma paciência verdadeiramente admirável.
Em suas pregações ele sempre destacava a importância da paciência para com o próximo, explicando que ela é uma das virtudes mais importantes e necessária para se ter a compaixão. Seus sermões não continham censuras nem reprimendas.
Conta-se que em uma oportunidade um senhor o ofendeu em praça pública e ele não esboçou nenhuma reação, respondendo com o seu silêncio. Mais tarde este mesmo senhor, com remorso, o procurou e pediu perdão em público.
Deus rendeu homenagem a este santo com vários milagres. Um imenso incêndio ameaçava destruir uma grande parte da vila, transformando todos os prédios em cinzas. Galo aproximou-se do incêndio carregando um livro dos evangelhos e o jogou nas chamas. Enquanto proferia as suas orações as chamas iam se extinguindo até apagaram-se por completo. Em outro episódio suas preces preservaram a vila de um grande terremoto. Durante a peste, suas orações preservaram, também, o seu rebanho e todos aqueles que recebiam as suas bênçãos ficavam curadas do mal.
O santo evoca um grande exemplo de resignação. Após sua a morte, que ocorreu no dia 01 de julho de 554, a população ficou extremamente comovida e seu túmulo tornou-se local de peregrinação, com a população invocando-o nos momento de dor e de necessidades, mesmo antes de sua canonização. Vários milagres foram creditados a sua intercessão. Seu nome foi incluído no Livro dos Santos da Igreja de Roma, cuja festa litúrgica foi mantida no dia da sua morte como quer a tradição cristã.
Foi tio e professor de outro santo da Igreja, o bispo Gregório de Tours. Ele é invocado contra a febre.
Sua festa é celebrada no dia 1º de julho.