No próximo dia 1º de maio será o dia da beatificação do saudoso João Paulo II, falecido no dia 2 de abril de 2005, com mais de 25 anos de papado. A data foi oficializada com a assinatura do decreto de beatificação pelo Papa Bento XVI, que recebeu em audiência o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.
Desta forma, fica faltando a comprovação de mais um milagre para que ele seja canonizado. O primeiro milagre já reconhecido pelo Vaticano foi a cura da religiosa Marie Simon-Pierre Normand.
O Rito de Beatificação será presidido pelo Santo Padre Bento XVI, na Basílica de São Pedro, no II Domingo da Páscoa - conhecido como da Divina Misericórdia, festa litúrgica instituída pelo próprio João Paulo II.
Padre Lombardi informa que a urna com os restos mortais do Papa João Paulo II será transferida das Grutas Vaticanas para o altar da Capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro. Explica, também, que não haverá uma exumação, até porque a urna não será aberta durante o translado.
Ainda não se decidiu a data em que será celebrada a memória litúrgica do Beato João Paulo II. Esta decisão será da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos após a Beatificação.
O milagre - Após o recebimento da notícia da morte de Karol Wojtyla (nome de batismo do Papa João Paulo II) a religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand, que é enfermeira e portadora de uma doença diagnosticada como Mal de Parkison desde 2001, juntamente com suas irmãs de congregação, passaram a solicitar a intercessão de Joao Paulo II para curar o seu mal. João Paulo II padecia da mesma doença.
De acordo com os testemunhos, no dia 02 de junho de 2005 a religiosa Marie Simon solicita a sua superiora dispensa de seus serviços devido às dores que sentia, abatendo-a e oprimindo-a. Porém, sua superiora a convence a continuar pedindo a intercessão de João Paulo II. A religiosa atende ao conselho, reza pela sua cura e vai dormir.
Foi uma noite tranquila para a irmã Marie, então com 44 anos de idade, que dormiu profundamente e, ao despertar, se sentiu curada do mal que a atormentava. Sumiram as dores e a rigidez das suas articulações. Foi a noite entre 2 e 3 de junho de 2005.
Ao procurar seu médico para realizar novos exames, ele constata a cura. Uma comissão médica consultada pelo Vaticano atestou a cura. De acordo com Il Giornale e a agência de notícias religiosas I.media, a comissão encabeçada pelo médico particular de Bento XVI, Patrizio Polisca, aprovou o milagre apresentado.
A Congregação para as Causas dos Santos consultou sigilosamente médicos e teólogos e, conforme seus relatos, conclui-se que a cura da religiosa foi imediata e inexplicável.
O Processo - Mas a aprovação do milagre por parte dos especialistas consultados necessitou de ratificação de uma comissão formada por cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos. É uma etapa importante no processo de beatificação. A referida comissão não encontrou falhas no processo e ratificou a decisão dos especialistas.
O processo de beatificação de João Paulo II teve início dois meses após a sua morte, no dia 2 de abril de 2005, um prazo considerado muito curto. Apesar do papa Bento XVI ter concedido licença para que não fosse observado o prazo de cinco anos para a condução da causa de beatificação de João Paulo II, o processo está sendo submetido a todas as fases exigidas pelo processo.
No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI aprovou as "virtudes heroicas" do papa polonês João Paulo II. Durante o funeral de João Paulo II na Praça de São Pedro, em Roma, milhares de fiéis gritavam em italiano "Santo Subito", pedindo que João Paulo II fosse proclamado santo imediatamente.
O sacerdote Slawomir Oder, que é o postulador da causa de beatificação de Karol Wojtyła, o caso da religiosa Marie Simon-Pierre Normand foi o escolhido para a causa da beatificação porque ela foi curada de uma doença que também acometeu o Papa e, também, porque após a sua cura ela continuou a se dedicar “batalha pela defesa da vida”, da mesma forma que João Paulo II em seu ministério.
Para dar início ao processo de canonização é necessário que haja a intercessão do beato em mais um milagre, resultando, então, em dois milagres. Em uma próxima postagem relacionaremos outros milagres atribuídos a JP II.