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sexta-feira, 24 de junho de 2011

São João Maria Vianney – Depois de Deus, o padre é tudo

Vianney dignificava a prática do sacerdócio e tinha uma grande estima pelos padres, afirmando sempre que “Depois de Deus, o padre é tudo. Vocês não podem se lembrar de um só benefício de Deus, sem encontrar, ao lado dessa recordação, a imagem do padre”. Recebia a todos os padres em seu confessionário de forma respeitosa.
Fundou, com o objetivo de acolher aos carentes, a Confraria do Rosário para as mulheres e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Houve momentos em que eram mais de 60 internas, sem contar com os do sexo masculino, onde Vianney tinha que realizar verdadeiros milagres para alimentar a todos. Todo o esforço que ele despendia para sustentar estas casas era no sentido de dar a todos internos e internas uma instrução formal, da que ele mesmo fora privado. Também fundou casas que atendiam aos pobres, famintos e sofredores, dando-lhes ajuda material e conforto espiritual. João Maria era admirador confesso de São Francisco de Assis, e devido a esta profunda admiração estava inscrito na Ordem Terceira Franciscana.
Aos 73 anos sente-se cansado, suportando o peso da idade, as penitências, má alimentação, excesso de trabalho. No dia 18 de julho de 1859 pede a presença de do vigário de Jassans, Pe. Beau, para ministrar os sacramentos últimos. Acamado, mas cioso de suas responsabilidades, chama os penitentes para que estes se confessem, ajoelhados, aos pés de sua cama. Quando as pessoas souberam que Pe. Vianney , apesar da saúde abalada, ainda estava confessando os penitentes, uma verdadeira multidão acorreu ao local, sendo necessária a ajuda de mais 20 padres para atender a todos.
Preocupados com seu estado físico lhe perguntam se está cansado, ao que ele responde: “Oh, não! Choro de pensar quanto Nosso Senhor é bom de vir nos visitar em nossos últimos momentos”. Em seu leito ainda tem forças para abençoar a todos aqueles que passam diante de sua casa, para rezar com ele e por ele.
Em 03 de agosto chega o bispo de Belley e é com muito esforço que Pe. Vianney beija-lhe o crucifixo, com as poucas forças que ainda lhe restam. Na madrugada do dia 04, às 02 horas, ele falece. Inicia-se, então, uma procissão que parece não ter mais fim. No dia 06 estão presentes 300 padres e milhares pessoas em suas exéquias, coroando uma vida de um ministério perseverante e fiel ao seu Bom Deus. Quando chegou àquela cidadezinha ninguém o recebeu, mas, em sua partida, centenas de pessoas o acompanharam. Para o mestre-escola de Ars “A mais difícil, extraordinária e espantosa obra feita pelo Cura d’Ars foi sua própria vida”.
O seu corpo, incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação.
No dia 08 de janeiro de 1905  pe. João Vianney foi beatificado pelo Papa Pio X e, no mesmo ano, declarado padroeiro dos sacerdotes da França. Em 31 de maio de 1925 é canonizado pelo Papa Pio XI, tornando-se São João Batista Maria Vianney. Em 23 de abril de 1929 foi proclamado o “Patrono dos Sacerdotes”, cuja memória celebramos no dia 4 de agosto, dia escolhido para se homenagear os padres.
O papa João Paulo II visitou Ars em 1986.
Encerro com esta postagem um breve relato da vida deste santo. Espero ter colaborado para popularizar ainda mais esta história de vida dedicada a Deus e que vocês tenham, assim como eu, a oportunidade de uma conversão motivada pelos exemplos de vida dos santos e mártires.