Autor: Henrique
Sebastião (vozdaigreja.blogspot.com.br)
O Sinal da Cruz, para os
católicos, é um Sinal Sacramental, como o gesto de impor as mãos sobre uma
pessoa que se está abençoando, a unção com o óleo da oliveira ou o uso da água
no Batismo, por exemplo. Sinais Sacramentais “são sinais sagrados por meio dos
quais se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente
de ordem espiritual (...), e são santificadas as várias circunstâncias da
vida" (CIC §1667-8). Segundo o Catecismo, o Sinal da Cruz “manifesta
a marca de Cristo impressa naquele que lhe pertence, e significa a Graça da
Redenção que Cristo nos adquiriu por sua cruz” (CIC §1235).
O Sinal da Cruz já era praticado
pela Igreja primitiva, a Igreja dos primeiros séculos, e consta em diversos
documentos muito antigos. Além disso, muitos historiadores aceitam como
legítima a possibilidade de o Sinal da Cruz ter sido uma prática comum já à
primeira geração de cristãos, isto é, da Igreja do tempo dos Apóstolos. Segundo
uma tradição antiquíssima, o Sinal da Cruz teria sido feito pelo
próprio Senhor Jesus Cristo, em sua gloriosa Ascensão, quando abençoou os
discípulos com este símbolo de sua Paixão Redentora. Os Apóstolos e demais
discípulos teriam, a partir daí, propagado esse santo gesto de reverência ao
Sacrifício do Senhor em suas missões. - As diversas citações à cruz nas
como glória e sinal dos cristãos, seja nas epístolas de Paulo (como Gálatas 6,
14 e Efésios 2, 16) seja em diversas passagens dos Evangelhos (como Mateus 10,
38, Lucas 9, 23 e 14, 27, por exemplo) permitem aceitar essa teoria como
perfeitamente plausível. - Mas, ainda que não tenha sido dado diretamente pelo
Senhor, a finalidade e a história do Sinal da Cruz garantem a sua legitimidade
como sinal cristão.
