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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Cântico ao Irmão Sol, ou Cântico das Criaturas


Altíssimo, onipotente e bom Senhor, a ti subam os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos!

A ti somente, Altíssimo, eles são devidos, e nenhum homem é sequer digno de dizer teu nome.

Louvado sejas, Senhor meu, junto com todas tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que é o dia e nos dá a luz em teu nome.

Pois ele é belo e radioso com grande esplendor, e é teu símbolo, Altíssimo.

Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã lua e as estrelas, as quais formaste claras, preciosas e belas.

Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão vento, e pelo ar, pelas nuvens e o céu claro, e por todos os tempos, pelos quais dás às tuas criaturas sustento.

Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.

Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão fogo, por cujo meio a noite alumias, ele que é formoso e alegre e robusto e forte.

Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã, nossa mãe, a terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas.

Louvado sejas, Senhor meu, por aqueles que perdoam por amor a ti e suportam enfermidades e atribulações.

Benditos aqueles que sustentam a paz, pois serão por ti, Altíssimo, coroados.

Louvado sejas, Senhor meu, por nossa irmã, a morte corpórea, da qual nenhum homem vivo pode fugir.

Pobres dos que morrem em pecado mortal! e benditos quem a morte encontrar conformes à tua santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai todos vós e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe graças, e o servi com grande humildade!