LONDRES, Inglaterra – Um homem
que os médicos acreditavam estar em “estado vegetativo” em um hospital da
Inglaterra, conseguiu comunicar-se com investigadores através da leitura de sua
atividade cerebral, para lhes informar que não sente dor.
Conforme assinala a BBC de
Londres, “esta é a primeira vez que um paciente que não fala, com um severo
dano cerebral, pôde dar respostas clinicamente relevantes para seu cuidado”.
Scott Routley, de 39 anos, que
sofreu um grave acidente de trânsito 12 anos atrás, respondeu a algumas
perguntas enquanto era feita uma ressonância magnética de sua atividade
cerebral. Com esta descoberta, afirmam os especialistas que cuidam do caso, os
textos da medicina agora terão que ser reescritos.
Com estes fatos, explicou o
neurologista Adrian Owen, à frente da investigação da Universidade de Western
Ontario, “o Sr. Routley claramente não estava em estado vegetativo”.
“Scott pôde mostrar que está
consciente, pensando. Nós o escaneamos várias vezes e seu patrão de atividade
cerebral mostra que ele claramente escolhe uma resposta às nossas perguntas.
Acreditamos que sabe quem é e onde está”, afirma o investigador.
Para o perito, “perguntar ao
paciente algo importante para ele foi nossa meta por muitos anos. No futuro
poderemos perguntar coisas para melhorar sua qualidade de vida. Podem ser
coisas simples como o entretenimento que podemos dar ou as vezes que querem ser
limpos ou alimentados”.
Os pais de Scott afirmam ademais
que sempre consideraram que Scott estava consciente e que pode comunicar-se
levantando o polegar ou movendo seus olhos, algo que os médicos nunca
aceitaram.
O professor Bryan Young,
neurologista de Scott por mais de uma década, disse que “impressionou-me e me
surpreendeu que ele tenha mostrado estas respostas cognitivas. Tinha a
aparência do típico paciente vegetativo e não havia movimentos espontâneos ou
que parecessem significativos”.
A BBC assinala que seguiu outros
casos similares como o de Steven Graham, outro canadense que afirma recordar
algumas coisas como que sua sobrinha nasceu logo depois de seu acidente
ocorrido há cinco anos.
Do RS21