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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Jesus e os muçulmanos

Extraído do Livro MILAGRES DA HÓSTIA SANTA, Edições Paulinas, São Paulo, 1956. p. 07
Os mulçumanos são pagãos. Não admitem a divindade de Jesus e odeiam os cristãos. Muitas vezes, em seus países, os perseguiram duramente, fazendo elevado número de mártires da fé católica.

Este fato aconteceu em S. João da Montana, cidadezinha da Palestina.

S. João da Montana foi a terra natal de S. João Batista, o célebre pregador que teve a gloriosa missão de preparar o povo judeu a receber o Salvador Jesus.

Os católicos, em São João da Montana, eram numerosos e possuíam belos e majestosos templos. Eram fervorosos e frequentavam os atos do culto, celebrados com toda a solenidade do rito.

No ano de 1879, o clero local resolveu festejar solenemente a festa do Corpo de Deus. Foi organizada uma grandiosa procissão que lembrasse ao povo a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Muitas vezes Jesus passara por aqueles lugares abençoando quantos o procuravam. Como habitantes de Jerusalém queriam, os Montanenses, proclamá-lo seu Rei e eterno Senhor.

O frei José de Jesus, franciscano, era o sacerdote que oficiava na procissão. Num rico e precioso Ostensório levava, de braços levantados, o SS.mo Sacramento, visto por toda a multidão.

O cortejo desfilava religiosamente, com gravidade, fazendo preces e cantando hinos sacros. O ar vibrava de notas harmoniosas e vozes piedosas.

O espetáculo era cativante e impressionante. Algo havia que atraía os corações. Assim, todos os habitantes da aldeia deixavam suas casas para entrar na procissão. Os católicos nunca haviam notado tanta afluência de muçulmanos numa manifestação católica. Tão pouco conheciam o segredo e o milagre que os acompanhavam.

Enquanto os católicos viam no Ostensório a Hóstia Santa, os Muçulmanos admiravam uma formosíssima criança que os atraía e cativava. Por isso, deixavam eles as suas casas para seguir a procissão e apreciar a grandiosa e divina visão.

Eram velhos, mulheres, homens, meninos, meninas.

Era toda a população a caminhar, rezar, cantar, olhar para Deus Sacramentado.

A procissão voltou para a igreja. O Sacerdote disse ao povo que Jesus estava com ele e podia ser feliz. Abençoou-o com o Santíssimo e terminou a cerimônia Sacra.

Os católicos saíram do templo, de volta para suas casas. Os muçulmanos, pelo contrário, permaneciam em seus lugares, olhando para o Tabernáculo. Esperavam que o Sacerdote fosse abrir, novamente, a portinhola e tirasse a criança guardada na casinha. O Sacerdote não aparecia.

Foram então à sacristia.

- Padre... vimos lhe pedir para abrir a portinhola e nos mostrar mais uma vez a criança que carregava na procissão.

- Absolutamente! Não carreguei criança alguma... respondeu o religioso. O que segurei era o Ostensório com o SS.mo Sacramento.

- Não! Todos víamos em suas mãos uma maravilhosa criança, divina, resplandecente como o sol. Vimo-la durante o percurso todo da procissão. Não queríamos que o senhor prendesse tão linda criança naquela casinhola.

Frei José ficou pensativo. Compreendeu que se havia realizado um milagre. Explicou-o aos mulçumanos. Disse-lhes que Jesus os convidava para a sua glória.

Na mesma noite toda a aldeia soube do acontecimento. Uma alegria divina penetrou em todos os corações. O triunfo eucarístico era a manifestação da prodigiosa visão. A notícia espalhou-se rapidamente em toda a região, e o milagre de S. João da Montana foi recebido pelos católicos como uma prova de amor do seu Deus.

O Patriarca de Jerusalém acorreu logo ao lugar e abriu um rigoroso inquérito. Ouviu católicos e muçulmanos. Estes, sob juramento, afirmaram ter visto o Menino Jesus na Hóstia. Constou também que nenhum católico tivera a felicidade e a graça de ver o prodígio eucarístico.

O fato é histórico. Muitos muçulmanos se converteram ao catolicismo, convencidos da presença de Jesus na Hóstia Santa.

Extraído do Livro MILAGRES DA HÓSTIA SANTA, Edições Paulinas, São Paulo, 1956. p. 07