“Se é bom conservar escondido o segredo do rei, é coisa
louvável revelar e publicar as obras de Deus”. Tobias 12,7 – ***
Oi, tudo bem? Meu nome é Susan e muitos me conhecem como A
Menina do “Marron Glacê”. (ver a postagem http://papocatolico.blogspot.com.br/2011/06/nossa-senhora-do-marron-glace.html
)
Sou a Sexta filha do Diácono Francisco. Vou falar um pouco
de mim, das experiências por que passei, saindo da Igreja Protestante e indo
para a Igreja Católica, e também dos milagres que aconteceram comigo e minha
família.
Naquela época eu tinha 8 para 9 anos. Tive uma infância
muito boa e feliz. Ia todos os domingos para a igreja; morávamos em Atibaia,
interior de São Paulo. Em certa ocasião meu pai e minha mãe estavam se
afastando da igreja e o pastor me perguntou por que meus pais não estavam freqüentando
o culto aos domingos. Eu, assustada, não soube responder.
Quando cheguei em casa, disse aos meus pais que o pastor
havia perguntado por eles. Interroguei: – “Pai, por que o senhor não está indo
mais à igreja?” Ele, na mesma hora, mudou de assunto. Eu, menina quer era muito
esperta, fiquei quieta. A semana passou …
Chegou o Domingo! Quando acordei, vi que estava atrasada
para o culto e achei muito estranho, porque meu pai sempre acordava os filhos
para irem à igreja. Naquele Domingo meu pai não havia chamado ninguém para se
levantar. Eu, como gostava de ir ao culto, corri depressa para me aprontar.
Meus pais estavam na casa, lendo a Bíblia e eu disse: “Bênção, pai! Bênção,
mãe! Vou correndo para o culto. Quando voltar, quero saber por que o senhor fica
inventando desculpas para não ir ao culto, e também agora nem me acorda mais,
nem a meus irmãos!?”
Quando cheguei à porta da igreja, lá estava o pastor
cumprimentando a todos. Eu pensei assim: “Que mais vou inventar para dizer ao
pastor por que meus pais e meus irmãos não vem mais à igreja? Lá vou eu”. O
pastor falou: “Oi, minha filha, o que aconteceu com seu pai, que não veio desta
vez?” Respondi: – “Pastor, o senhor não sabe da maior: meu pai está doente,
está de cama”. Ele respondeu: – “Vou pedir oração para o pastor Francisco e à
tarde vou fazer uma visita a seu pai”. Na mesma hora fiquei assustada porque
sabia que meu pai não estava doente. Mas eu não entendia por que meus pais não
estavam indo mais ao culto. Quando terminou o culto, voltei para casa e disse a
meus pais que o pastor novamente perguntou por eles e que eu havia respondido
que o pai estava doente, sendo que o pastor disse que viria fazer-lhe uma
visita.
Meu pai tranqüilizou-me, dizendo que eu não havia mentido,
pois ele estava com a garganta inflamada. Olhou para minha mãe e falou: – Não
é, Didi?” Minha mãe respondeu: – “É verdade, Susan”. Naquele momento fiquei
muito aliviada, minha cabecinha não estava mais confusa.
O pastor veio visitá-lo, orou e disse que no próximo domingo
o culto seria celebrado por ele. Meu pai respondeu: – “Tudo bem!” A semana
passou, chegou o Domingo e meu pai mandou uma carta para o pastor. Eu não sabia
o que estava escrito, mas meus irmãos, sim. Um mês se passou, 3 meses, 6 meses
e assim por diante.
Certa ocasião ouvi meus pais rezando a Ave-Maria, na sala.
Eu ouvi e comecei a chorar porque eu tive sempre na minha cabeça, e a igreja
falava, que a Virgem Maria não ouvia orações, que teve vários filhos e que era
pecado rezar a sua oração. Entrei na sala. Meu pai falou: – “Meus filhos, faz
dois anos que estou estudando a Bíblia e livros de outras religiões com sua mãe
e descobrimos que a Igreja verdadeira é a Igreja Católica”.
Na mesma hora meus irmãos concordaram em ir para a Igreja
Católica. Eu não. E falei: – “Pai, o senhor vai para o inferno e vai levar os
meus irmãos e minha mãe juntos. Sempre o senhor disse que a Igreja Católica é
coisa do inimigo”. Daí meu pai explicou por que estava mudando de religião.
Falou sobre a Eucaristia e também sobre a Assunção de Nossa Senhora ao Céu.
Ficou mais de quatro horas conversando e explicando que a
Igreja Católica é a Igreja verdadeira. Quando ele terminou, eu disse que não ia
sair da igreja protestante. O pastor despediu meu pai. Enfim, o dinheiro estava
acabando e começamos a passar fome, comendo apenas mandioca no café, no almoço
e no jantar .. A família estava parecendo cara de mandioca. Era todo santo dia.
Uns dias depois eu disse a meu pai que queria tanto comer
doce de “marron glacê”. Meu pai olhou para mim, segurou minha mão e respondeu:
– “Vá para seu quarto, ajoelhe-se e peça à Virgem Maria, ela vai lhe dar”.
Olhei com os olhos cheios de lágrimas para meu pai e disse: – “Papai, vou
pedir; se ela me der amanhã, às 9 horas da manhã, eu vou acreditar que a Virgem
Maria ouve realmente as orações”.
Então fui para meu quarto e comecei a orar: senti uma
sensação diferente, parecia que havia uma pessoa do meu lado. E esta sensação
era muito gostosa, tão gostosa que não consigo explicar. Só quem já passou por
esse momento entende. Hoje eu entendo: aquela sensação que eu senti era minha
querida Mãezinha do Céu que estava perto daquela menininha que tinha apenas 8
anos de idade. Realmente nossa Mãezinha do Céu trouxe a lata de “marron glacê”,
através de uma senhora da Igreja Católica e por sinal essa senhora é muito
católica e amada pela Virgem Maria. Trouxe exatamente às 9 horas da manhã e me
disse: – “Esta lata de doce, menininha, Nossa Senhora mandou para você. Ela a
ama muito”. Eu comecei a chorar e agradecer à Virgem Maria. Na mesma hora o
relógio tocou. Fui para meu quarto e pedi perdão à Mãezinha do Céu. Daí então
fui para a Igreja Católica e fiz minha Primeira Comunhão.
Fonte: Repórter de Cristo.