Vaticano, 18 Set. 12 / 12:07 pm (ACI/EWTN
Noticias).- O Arcebispo de Nova Iorque e Presidente da Conferência
Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan, respondeu com simplicidade
e precisão, baseado na vida cotidiana, àqueles que afirmam que que a Igreja é
"anacrônica" ou está "fora de moda".
Na mais recente publicação de seu
blog pessoal no site da Arquidiocese de Nova Iorque, o Cardeal respondeu às
críticas que dizem que a Igreja deve "colocar-se ao dia com as novas
épocas ou vai perder fiéis!"
A seguir o Cardeal explica que o
Papa João XXIII reuniu o Concílio para debater a melhor forma de transmitir a
fé "sem comprometer ou diluir sua integridade. E, de acordo aos
ensinamentos do mesmo Concílio, é o Papa, unido aos Bispos da Igreja, que
proporcionam a genuína interpretação do significado do Concílio".
O Cardeal explica logo que o que
deve adequar-se aos tempos é a forma que a fé é apresentada e que a missão da
Igreja e seus ensinamentos não devem ser alterados, mas devem estar conformes à
Revelação de Deus na Bíblia, ao direito natural, aos ensinamentos de Jesus
e ao Magistério da Igreja (os ensinamentos do Papa e dos bispos).
Para deixar ainda mais claro que
os ensinamentos da Igreja não estão "fora de moda", o Cardeal põe
três exemplos concretos.
O primeiro se refere à
convivência antes do matrimônio e a vida sexual ativa, que segundo a
Igreja pertence apenas ao âmbito do matrimônio. "Tal afirmação, como
sabem, é qualificada de tola, imprática e repressiva".
Entretanto, prossegue o prelado,
"não foi um jornal católico – a não ser justamente o contrário– o New York
Times (que no dia 15 de Abril de 2012) informou as sombrias estatísticas de
como a convivência antes do matrimônio gera altos graus de infelicidade marital
e divórcio!"
O segundo caso é o de uma mulher
que procura o seu pároco para pedir consolo porque agora não pode ficar grávida
porque, segundo o seu médico, durante 15 anos tomou a pílula anticoncepcional,
um tema com o qual alguns se burlavam da Igreja. "A mulher mesmo conclui
que o respeito da Igreja pela integridade natural do corpo não está para nada
‘ultrapassado’".
O terceiro caso é um homem que se
aproxima do próprio Cardeal para contar-lhe o seu drama: está velho, sozinho e
vai morrer. Deixou a sua esposa e filhos uma década atrás, procurou dinheiro,
prestígio, propriedades e uma esposa mais bonita e mais jovem. Anos atrás ele
se burlou do sacerdote que lhe advertiu sobre os perigos de "adorar o
dinheiro e o prazer".
"E agora –diz o Cardeal
Dolan– o homem está morrendo sozinho, recordando as palavras de Jesus: ‘De que
serve ao homem ganhar o mundo inteiro se ao fazê-lo perde seu alma?’ O homem
admite que, no final das contas, a Igreja tinha razão".
O Arcebispo assinala que "a
Igreja ‘não está fora de foco’, mas ao contrário, se encontra no meio de tudo e
bastante mais adiante de nós porque tem os olhos na eternidade. É uma mãe
amorosa e sábia, fundada sobre Aquele que é ‘o Caminho, a Verdade e a
Vida’".
"Ela, a Igreja, não tem que
mudar de perspectiva, mas nós temos que mudar de vida. Esqueçam-se de
‘adaptar-se aos novos tempos’ no que diz respeito à fé e à moral. Em vez disso
‘coloquem-se em dia com o eterno!’, concluiu"