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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sejam essa Igreja

José Marques

Há quem diga que a Igreja é boa, mas o Papa, não. Há quem diga que a Eucaristia é importante, mas a
confissão, não! Estamos vivendo numa realidade em que essas afirmações tornaram-se tão corriqueiras quanto dormir e acordar. E o pior: estamos nos acomodando e tentando tapar o sol com a peneira da nossa superficialidade. Tudo está se tornando normal… Estamos relativizando tudo o que nos circunda, principalmente os valores morais e éticos que conduzem a organização da sociedade.
Relativizando tudo o que nos cerca, acabamos querendo relativizar, também, a Igreja. Queremos transformar o sagrado em profano e divinizar o que é profano. Entra aí uma característica do homem moderno, que, sendo pragmático, antidogmático e secularizado, ele se torna antropocêntrico. Atitudes essas não podem fazer parte da identidade do Cristão católico que é chamado a ser sal da terra e luz do mundo (Mt. 5, 13 -14).
Atendendo ao nosso chamado, devemos amar a Igreja, que é mãe e mestra, e que nos ensina como melhor exercer a nossa vocação. A Igreja acolhe a todos e mostra como viveu, quem foi e o que ensinou o seu Esposo Jesus Cristo. Além de amar, devemos ser essa Igreja, que enriquecida pelos dons do seu fundador e observando fielmente os seus preceitos de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e estabelecer em todas as gentes o reino de Cristo e de Deus, e ela própria constitui na terra o germe e o início deste reino (LG 5).
Tornando-nos essa Igreja, assumimos a sua missão e aceitamos os seus ensinamentos. Aceitando a missão e os ensinamentos da Igreja, ficamos com ela até o dia da Parusia.
Ficar na Igreja não significa que deveremos fazer dela o que nos agrada. Aqui não se trata de estar de acordo ou não, mas de fé. Quem acredita tem de se entregar totalmente às doutrinas da Igreja. Se não for assim, a Igreja servirá apenas como meio de glorificação do homem.
Caminhamos com a Igreja rumo ao Céu. A Igreja não foi fundada para buscar as glórias terrenas, mas para buscar as coisas do Alto. Amando a Igreja nós amamos o Esposo. Dele, o corpo inteiro recebe alimento e coesão, através dos ligamentos e junturas, realizando assim o seu crescimento em Deus(Cl 2,19).

Ele distribui continuamente ao seu corpo, que é a Igreja, os dons dos ministérios, pelos quais, graças ainda ao seu poder, caminho da salvação, para que , professando a verdade na caridade, cresçamos de todos os modos para Ele, que é a nossa cabeça (LG 7). A Igreja obedece, pois, a ordem de Cristo que diz: Apascenta as minhas ovelhas. E será assim até que Ele volte!

http://blogdojosemarques.wordpress.com/2011/12/24/sejam-essa-igreja-2/