José Marques
Há quem diga que a Igreja é boa,
mas o Papa, não. Há quem diga que a Eucaristia é importante, mas a
confissão,
não! Estamos vivendo numa realidade em que essas afirmações tornaram-se tão
corriqueiras quanto dormir e acordar. E o pior: estamos nos acomodando e
tentando tapar o sol com a peneira da nossa superficialidade. Tudo está se
tornando normal… Estamos relativizando tudo o que nos circunda,
principalmente os valores morais e éticos que conduzem a organização da
sociedade.
Relativizando tudo o que nos
cerca, acabamos querendo relativizar, também, a Igreja. Queremos transformar o
sagrado em profano e divinizar o que é profano. Entra aí uma característica do
homem moderno, que, sendo pragmático, antidogmático e secularizado, ele se torna
antropocêntrico. Atitudes essas não podem fazer parte da identidade do Cristão
católico que é chamado a ser sal da terra e luz do mundo (Mt. 5, 13 -14).
Atendendo ao nosso chamado,
devemos amar a Igreja, que é mãe e mestra, e que nos ensina como melhor exercer
a nossa vocação. A Igreja acolhe a todos e mostra como viveu, quem foi e o que
ensinou o seu Esposo Jesus Cristo. Além de amar, devemos ser essa Igreja, que
enriquecida pelos dons do seu fundador e observando fielmente os seus preceitos
de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e
estabelecer em todas as gentes o reino de Cristo e de Deus, e ela própria
constitui na terra o germe e o início deste reino (LG 5).
Ficar na Igreja não significa que
deveremos fazer dela o que nos agrada. Aqui não se trata de estar de acordo ou
não, mas de fé. Quem acredita tem de se entregar totalmente às doutrinas da
Igreja. Se não for assim, a Igreja servirá apenas como meio de glorificação do
homem.
Caminhamos com a Igreja rumo ao
Céu. A Igreja não foi fundada para buscar as glórias terrenas, mas para buscar
as coisas do Alto. Amando a Igreja nós amamos o Esposo. Dele, o corpo inteiro
recebe alimento e coesão, através dos ligamentos e junturas, realizando assim o
seu crescimento em Deus(Cl 2,19).
Ele distribui continuamente ao
seu corpo, que é a Igreja, os dons dos ministérios, pelos quais, graças ainda
ao seu poder, caminho da salvação, para que , professando a verdade na
caridade, cresçamos de todos os modos para Ele, que é a nossa cabeça (LG 7). A
Igreja obedece, pois, a ordem de Cristo que diz: Apascenta as minhas ovelhas. E
será assim até que Ele volte!
http://blogdojosemarques.wordpress.com/2011/12/24/sejam-essa-igreja-2/