Na manhã do dia da aparição, 9 de
Dezembro de 1531, ocorreu um Solstício de Inverno, símbolo cósmico da
ressurreição do Sol, do retorno da vida. Neste Solstício a Terra começa a se
aproximar novamente do Sol e, no hemisfério norte, o inverno começa a perder
sua força e a luz solar chega ao planeta com maior intensidade. Para muitas
culturas ao redor do mundo esta data é de maior importância, e o mesmo não era
diferente para as culturas das Américas.
O dr. Juan Homero Hernández
Illescas, comprovou que no manto da Virgem de Guadalupe ficou reproduzido o
mapa do céu no exato momento em que ocorreu a aparição, ou seja, na manhã do
Solstício de Invierno de 1531.
Estão gravadas no manto as
estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis desde o Vale de
Anáhuac naquela madrugada de 9 de Dezembro de 1531. As estrelas estão agrupadas
de forma impressionante, retratando com exatidão as constelações que
testemunham a maravilha do acontecimento.
As informações foram retiradas do
livro: “La Virgen de Guadalupe y Las Estrellas”, de Juan Homero Hernández
Illescas, Mario Rojas e Enrique Salazar, publicado pelo Centro de Estudos
Guadalupanos.
No manto, ao lado esquerdo da
Virgem (à direita de quem a vê de frente) estão impressas as constelações do
Sul.
Quatro estrelas que fazem parte
da Constelação de Ophiucus. Abaixo se observa Libra e à direita, o que parece
ser a ponta de uma flecha, correspondente ao início de Scorpius. Ao meio estão
assinaladas duas estrelas da constelação de Lupus e ao extremo de Hydra. Abaixo
se evidencia Crux, e à sua esquerda aparece o quadrado ligeiramente inclinado
da constelação de Centaurus. Na parte inferior, solitária, resplandece Sirius.
No manto, ao lado direito da Virgem encontram-se as constelações do Norte.
No ombro, um fragmento das
estrelas da constelação de Bootes; abaixo e à esquerda vem a constelação da
Ursa Maior. Ao seu redor estão, à direita acima, os cabelos de Coma Berenices,
à direita abaixo, Canes Venatici, è esquerda Thuban, que é a estrela mais
brilhante da constelação de Draco. Abaixo de duas estrelas que formam a Ursa
Maior, é possível ver outro par de estrelas da constelação de Auriga e ao
oeste, abaixo, três estrelas de Taurus. Outras constatações aumentam ainda mais
a relevância do Manto da Virgem de Guadalupe.
Quando se mede a temperatura da
fibra de maguey utilizada para confeccionar o manto, constata-se que ela mantém
uma temperatura constante de 36.6 graus, a mesma do corpo de uma pessoa viva.
Um dos médicos que analisou o manto
colocou seu estetoscópio sobre a imagem do ventre da Virgem e encontrou
batimentos que se repetem ritmicamente a 115 pulsações por minuto, igual a de
um bebê no ventre materno.
O engenheiro José Aste Tonsman,
do Centro de Estudos Guadalupanos do México, graduado em engenharia de sistemas
ambientais pela Universidade de Cornell, estudou durante mais de vinte anos a
imagem da Virgem, e divulgou os resultados de duas investigações em uma
conferência, onde afirma que a fibra de maguey que constitui o manto não
permanece consistente, em condições normais, por mais de 20 ou 30 anos.
Contudo, depois de mais de 4 séculos a imagem de Maria permanece intacta, mesmo
depois de ter permanecido mais de um século sobre uma parede úmida, entre a
fumaça de milhares de velas, e manuseada por uma multidão de índios.
Em sua conferência, o doutor Aste
afirmou que a imagem da Virgem não foi pintada por mãos humanas, já que não
foram descobertos traços de tinta no manto. Quando aproximamos a vista a uns 10
centímetros da imagem, é apenas possível enxergar as fibras cruas de maguey. A
esta distância as cores desaparecem. Uma emissão de raio laser foi lançada
verticalmente sobre o manto e assim se detectou que a coloração não está nem na
parte frontal e nem no verso. As cores parecem flutuar sobre as fibras a uma
distância de três décimos de milímetro, sem tocá-lo.
Em 1979 os norte-americanos
Philip Callahan e Jody B. Smith estudaram a imagem com raios infravermelhos e
foram surpreendidos pela ausência de vestígios de pintura.
Callahan e Smith mostraram
ademais que a imagem muda ligeiramente de cor segundo o ângulo de visão, um
fenômeno conhecido como iridescência, uma técnica que não pode ser reproduzida
com mãos humanas.
Aste Tosman recorda que Richard
Jun, prêmio Nobel de Química, através de análises químicas, constatou que a
imagem não possui corantes naturais, nem animais, nem muito menos minerais. Já
que na época não existiam corantes sintéticos, a origem da imagem é
inexplicável.
Por diversas vezes, ao longo dos
séculos, foram pitadas figuras sobre o manto, que com o tempo desaparecem por
completo, permanecendo apenas o desenho original, com suas cores vivas.
No ano de 1791 foi derramado
acidentalmente ácido muriático sobre o lado superior direito do manto. Trinta
dias depois, sem nenhuma espécie de intervenção, o tecido danificado se
reconstituiu. O único sinal deste acidente é uma suave descoloração no local
onde foi derramado o ácido.
No dia 14 de Novembro de 1921,
Luciano Pérez, um anarquista espanhol, cometeu um atentado com explosivos
contra o manto, destruindo tudo ao redor, inclusive uma pesada cruz de metal
que havia ao redor. O manto permaneceu em perfeito estado de conservação.