O décimo papa na história da Igreja Católica, sucedendo a Santo Higino.
Pio I Nasceu na cidade de Aquileia, norte da Itália, provavelmente no ano 90. A palavra Pio (em latim Pius) significa piedoso, inclinado à devoção, à piedade. Este era o seu nome de batismo, porque foi só a partir do século X que os Papas começaram a adotar um novo nome quando eleitos ao Papado.
Como a grande maioria dos primeiros papas, pouco se sabe sobre sua vida, especialmente dados sobre nascimento e infância. Seu pai tinha o nome de Rufino e o educou na religião cristã enviando-o até Roma para que se aperfeiçoasse nos estudos. Era irmão de Hermas, um escritor. Foi admitido em um colégio de clérigos regulares, onde, devido ao seu zelo, espírito de caridade e aprofundamento nos conhecimentos religiosos, destacou-se extraordinariamente.
O Papa Higino, a quem sucedeu, durante seu pontificado o consagrou bispo regional, onde exerceu funções de coadjutor no governo da Igreja. No exercício de sua função acompanhou de perto as lutas empreendidas contra as heresias de Valentino e Marción (o que culminou com o martírio de S. Higino). Neste período recebeu instruções a respeito da vigilância pastoral, a fim de que zelasse para que a semente do erro não se deixasse vingar em solo sagrado.Após o martírio de Santo Higino, os fieis romanos o elegeram após três dias consecutivos de jejum e intensa oração. São Pio governou a Igreja durante os reinados dos imperadores Antonino Pio e Marcus Aurelius.
Eleito, São Pio I assumiu com humildade e fé todas suas atribuições divinas. Testemunha ocular das investidas do inimigo, certo de que encontraria os mesmos obstáculos de seu predecessor, aceitou o comando com a consciência de que também deveria receber o prêmio do martírio.
Em seu papado foi construída uma das mais antigas igrejas em Roma, a Santa Pudenziana. Esta igreja foi edificada no mesmo lugar em que era a casa do senador romano Pudente, pai de Pudenziana. Conforme a maioria dos historiadores, uma vez o Senador romano Pudente hospedou o Apóstolo Pedro nesta casa.
Também se atribuem a S. Pio I a construção da Igreja de San Praxedes, assim como a construção de um batistério próximo a esta Igreja, mas que carecem de confirmação.
Com muita determinação e empenho apostólicos, prosseguiu condenando heresiarcas como os gnósticos Valentino, Cerdão e Marcião, criador do marcionismo, que continuava infestando a cidade de Roma com sua doutrina maligna. Dando continuidade ao trabalho por Santo Higino, conseguiu finalmente impedir que o erro se alastrasse danosamente. A este opositores não restaram-lhes senão a exclusão da comunidade do papa e a excomunhão.
Mas S. Pio também teve grandes pensadores e professores da Igreja a seu lado, como Justino (filósofo e mártir) e outros que visitaram Roma e lhe trouxeram o apoio suficiente para consolidar Roma como o centro da Igreja Cristã.
Foi ele o primeiro dos Papas a estabelecer que a celebração da Páscoa ocorresse no primeiro domingo após a lua cheia de março. Inspirado nos escritos de Justino, Diálogo com Trifão, Pio estabeleceu normas para acolher os judeus convertidos à fé cristã. Decretando que, Segundo El Liber Pontificalis, os judeus convertidos ao cristianismo poderiam ser batizados na Igreja no Domingo da Ressurreição.
Proibiu também, com graves penas, a transferência dos bens da Igreja. Da mesma forma, coibiu a negligência dos sacerdotes na celebração dos divinos ofícios e na administração da Eucaristia.
Ao tomar conhecimento de que cristãos estavam sendo martirizados em Leon de França solicitou ao bispo que cuidasse de suas relíquias, assim como foi feito com Estevão.
Seu sucesso provocou o ódio de alguns magistrados que o denunciaram, mandando ao cárcere, onde foi submetido a uma série de tormentos, tendo em seguida sido finalmente degolado.
Seu corpo foi enterrado próximo á tumba de São Pedro.
Seu irmão Hermas, logo após seu martírio, escreveu um livro intitulado "Pastor", um dos mais antigos documentos dos Padres Apostólicos.
A Igreja comemora no dia 11 de julho a festa de São Pio I. Segundo o Missal Romano, deve ser celebrado como um "Memorial", salvo em algumas localidades onde há celebrações obrigatórias.
Fontes de pesquisa
http://www.therealpresence.org/