Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Na antiguidade, a cruz, por ser um instrumento de condenação à morte, era um sinal de maldição (Gl 3,13). Depois que Jesus morreu nela por nós, a Cruz se tornou um sinal de honra e bênção. A partir de então, sob diversas formas, a Cruz é colocada na coroa dos reis, nas medalhas, condecorações, no alto das Igrejas, nas montanhas que circundam as cidades para abençoá-las, na campa dos falecidos, nas caravelas, nas bandeiras, etc.
Após as dez grandes perseguições romanas aos primeiros cristãos, o Imperador Constantino, antes da batalha contra Maxêncio, teve uma visão da Cruz com a inscrição: “com este sinal vencerás!”. Constantino mandou então colocar o sinal da Cruz em todos os estandartes e escudos romanos, venceu a batalha da ponte Mílvio (312) e deu liberdade aos cristãos, pondo fim às perseguições. A estação de trem em Roma, próximo ao local desta batalha, se chama exatamente “Lábaro”. A inscrição de Constantino, com o cristograma e a cruz, recebeu o nome de “lábaro de Constantino”. Desde então tem sido interpretado por todo o mundo como um símbolo de cristandade.