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sábado, 16 de julho de 2011

Dízimo – exercício de gratidão

O homem, nos tempos antigos, ao reconhecer a ajuda de Deus em sua colheita (fazendo a terra fértil, mandando o sol e a chuva na medida certa para gerar o fruto) destinava a Ele a décima parte de sua produção, pois eles tinham a certeza de que tudo foi obtido devido à bondade de Deus. Atualmente a maioria das pessoas recebe salários em troca de sua força produtiva. Assim sendo, podemos testemunhar a nossa gratidão a Deus ofertando o dízimo, expressando desta forma a nossa fé.

O valor a devolver a Deus é facultado ao homem, que decide de acordo com as suas possibilidades. Na nova aliança, Jesus Cristo ou os seus apóstolos, não determinaram valores para a ajuda aos necessitados, mas estimulavam a prática da partilha e a generosidade. Desta forma buscavam desenvolver o sentimento de responsabilidade pelos mais carentes e pela manutenção das comunidades. Todos, desta forma, tornavam-se co-responsáveis por todos os membros de suas comunidades e pela sustentação desta.                    
Com a publicação do compêndio do Catecismo da Igreja Católica, o quinto mandamento da Igreja orienta que devemos “contribuir para as necessidades materiais da Igreja, cada um segundo as próprias possibilidades”. Não ficam estabelecidos valores para a devolução,deixando esta decisão para o nosso coração.
Então podemos afirmar que o dízimo é uma retribuição que fazemos a Deus de uma pequena parte do que gratuitamente d'Ele recebemos. É a ajuda para que a Igreja cumpra a missão que Jesus a incumbiu, uma contribuição para com a comunidade, da qual fazemos parte pelo Batismo, ajudando-a a rezar unida, contribuindo para um mundo melhor. A forma que foi encontrada para esta retribuição a Deus foi o dízimo, que, por meio da Igreja, o cristão expressa a sua fé. É um ato individual e, portanto, livre de interferências.
Cada pessoa percebe a importância do dízimo de acordo com a motivação que o leva a colaborar. As pessoas consideram o “Por Que” e o “Para Que” está colaborando. Mas o resultado sempre o levará a razão principal deste ato de doação: o AMOR a Deus.
Quantas vezes somos chamados a colaborar de alguma forma com as outras pessoas: dando uma carona, emprestando o telefone, doando um remédio ou uma roupa, participando de um mutirão ou trabalhando em uma pastoral ou grupo da Igreja. Mas nada disso é um verdadeiro ato de partilha. Estes atos são atos de solidariedade ou contribuição que fazemos para o próximo, que são atos válidos, mas sem viver a experiência da partilha. Uma doação pode ser realizada como um ato mecânico, feito, muitas vezes, de forma inconsciente. Mas partilhar o dízimo é uma experiência de vida. É uma forma de experimentar Deus. Um exercício de gratidão e de confiança na Divina Providência.