Você entra em um bom restaurante e decide que neste dia você optará por um bom pedaço de carne bovina. E o que o garçom indaga:
- qual tipo de carne? Temos alcatra, cupim, picanha, filé...
Você responde:
- Picanha, por favor.
Então o garçom indaga:
- Bem passada, mal passada, ao ponto?
Mais uma vez você responde:
- Bem passada, por favor.
É a vez do garçom:
- O que pretende como acompanhamento?
Lá vai você outra vez:
- Arroz, purê, batatas.
-Como prefere o arroz?
...
Esta historinha, se formos esticá-la, demoraria bastante a acabar, porque são muitas opções e decisões a serem tomadas. Mas no final terminaremos almoçando e saindo satisfeitos do restaurante. Mas para ficarmos satisfeitos temos que optarmos conscientes daquilo que queremos de verdade. Não deixamos a decisão na mão do garçom, porque, se assim o fizermos, será uma refeição ao gosto do garçom e não do nosso gosto.
Quando, continuando com o exemplo, pedirmos o refrigerante ou o suco para acompanhar o almoço também tomamos diversas decisões. Se o refrigerante é diet, zero, um litro, dois litros, lata, limão, guaraná... Ou você deixa o garçom trazer o que ele quiser?
Quando você entra numa boutique escolhe a roupa ou deixa o vendedor escolher por você? Claro que a decisão é sua. Afinal será você quem usará a roupa. Você deverá sentir-se confortável ao usá-la, caso contrário, ficará com uma vontade muito grande de ir para casa e trocá-la. Já pensou em passar um dia inteiro usando uma calça muito apertada? Que tortura.
E na sua vida? Como você escolhe o seu futuro? Deixa o mundo decidir por você? Segue o conselho do sambista: “deixa a vida me levar”?
Para onde o mundo quer levar você? A sociedade quer o melhor para você ou pouco está se lixando para o seu futuro?
São muitas perguntas que estou fazendo. Até estou parecendo o garçom do início do artigo.
Mas tudo isso é para que você, principalmente os jovens, percebam que já devemos ir pensando no futuro, mas sem paranoias.
A sociedade está repleta de gente frustrada porque ainda não decidiram o que querem da vida. Muitas pessoas decidem fazer o que realmente gostam após se aposentarem! Ralaram a vida toda fazenda o que não gostavam e quando se aposentam resolvem fazer o que realmente gostam. Ou seja, foram infelizes a maior parte do tempo de sua valiosa vida.
Imagina passar 50, 60 anos de sua vida trabalhando no que não gosta. Muitos jovens fazem o vestibular pensando na profissão que é mais rentável, que dá mais dinheiro. Não escolhem a profissão que gostariam de exercer, mas aquela que lhe dará status, fama, reconhecimento popular. Dá para entender porque tantas pessoas ricas, bem sucedidas e famosas são tristes.
Não escolha o seu futuro pensando no que os outros querem que você seja ou pensando apenas em ganhar rios de dinheiro. Não tenha vergonha de escolher aquilo que você tanto deseja fazer. Pergunte a Deus o que Ele quer de você.
Qual é o seu talento? Coloque a serviço de Deus. Quantos jovens talentosos estão em missão pelos mais diversos lugares, a serviço do próximo. Coloque-se a serviço do próximo em sua própria comunidade.
Vou dizer o óbvio: para se colocar a serviço de Deus não precisa ser padre, freira, religioso, consagrado etc.
É quando fazemos aquilo que gostamos e nos disponibilizamos para o próximo fica muito mais fácil ser feliz.
Conheço médicos que atendem pacientes gratuitamente uma vez por semana; advogados que aceitam causas de pessoas pobres; donos de supermercados que doam cestas básicas; farmacêuticos que distribuem remédios a pessoas carentes etc. E nem por isso estas pessoas deixam de ganhar o necessário para viver confortavelmente.
Trabalhe honestamente, com ética, respeitando o seu cliente e o seu concorrente. Cobre um preço justo pelo seu serviço ou mercadoria. Não engane e nem se deixe enganar. Seja um profissional cristão.