Sisto (em latim Xystus) sucedeu a Alexandre I e foi o sétimo papa da Igreja. Era descendente de uma família tradicional grega, mas nasceu em Roma.
As suas principais contribuições foram no sentido de sistematizar e normalizar os vários procedimentos sagrados nas cerimônias religiosas. Instituindo diversas normas canônicas, entre as quais a de que o bispo, antes de tomar posse em sua sede episcopal, devia exibir uma carta de apresentação ao Pontífice.
Sistematizou e normalizou vários procedimentos sagrados nos cerimônias religiosas, como o de que qualquer objeto sagrado, o cálice e todos os paramentos, só poderia ser tocado por ministros sacramentados, os sacerdotes. Também regulamentou alguns ritos da celebração da Eucaristia, como o fato de que o que o véu do cálice fosse feito de linho.
A ele atribui-se a introdução do tríplice canto do Sanctus na missa, as cartas apócrifas que tratam da doutrina da Trinidade e ao Primado da Igreja de Roma.
Entrou em conflito com alguns procedimentos da Igreja da Ásia e deixou seu governo marcado pelas medidas enérgicas que tomou contra a seita dos gnósticos. As seitas gnósticas definiam-se como seitas filosóficas surgidas nos primeiros séculos da nossa era e diversificada em numerosos segmentos e visavam conciliar todas as religiões e a explicar-lhes o sentido mais profundo por meio da gnose. Combateu, então, com veemência as doutrinas maléficas do gnosticismo, ou seja, a emanação, a queda, a redenção e a mediação, que seriam exercidas por inúmeras potências celestes, entre a divindade e os homens, que feriam todos os princípios básicos da sã doutrina e os fundamentos da religião de Cristo.
Enviou o bispo Peregrino às Gálias para evangelizar algumas zonas que não haviam sido suficientemente tocadas pela civilização romana. Consta que deu seu auxílio paternal aos mártires cristãos e que ele próprio foi martirizado.
Permaneceu governando a Igreja durante o reinado do imperador Adriano e de Antonino Pio.
Sisto morreu em Roma em 1º de fevereiro e foi sucedido por São Telésforo. Os papas e os vários martirólogos dão-lhe o título do mártir, embora não haja registo histórico de tal evento. Foi enterrado no Vaticano, ao lado do túmulo de São Pedro por vontade de Pascoal I. As suas relíquias foram transferidos a Alatri (1132), e ainda estão na Basílica do Vaticano. Sisto foi canonizado santo e a sua festa é comemorada a 6 de Abril, juntamente com Sisto II e Sisto III, conforme citado no Livro dos Santos de A. C. Guimarães e A. L. Prôa.