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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Documentos do Papa: Exortação Apostólica

Exortação apostólica: (Adhortatio Apostolica) Forma de documento menos solene que as encíclicas. Antigamente era dirigida a um determinado grupo de pessoas. Por exemplo, "Menti Nostrae" (Pio XII) para o clero. O termo é usado, atualmente, em sentido mais amplo: não somente como documento para determinado grupo de pessoas, mas recomendações feitas pelo Romano Pontífice aos bispos, presbíteros e todos os fiéis, sobre temas mais diretamente relacionados a um grupo de pessoas, por exemplo, as exortações pós-sinodais: "Familiaris Consortio"; "Christifideles laici"; “Pastores dabo vobis”.
Estes documentos são promulgados geralmente depois da reunião dum Sínodo de Bispos, ou por outras razões. Exemplos de Exortações apostólicas pós-sinoidais:
Evangelli nuntiandi (1975) do Papa PauloVI, sobre a evangelização do mundo moderno.
Catechesi tradendae (1979) do Papa João Paulo II, sobre a catequese.
Familiaris consortio (1984) do Papa João Paulo II, sobre o papel da família cristã.
Reconciliato et paenitentia (1984) do Papa João Paulo II, sobre a reconciliação e a penitência na missão da Igreja.
Redemptoris custos (1989) do Papa João Paulo II sobre a pessoa e missão de S. José na vida de Cristo e da Igreja.
Sacramentum caritates (2007) do Papa Bento XVI, sobre a Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da Igreja.
Outro exemplo:
Após dois anos do sínodo sobre a Palavra de Deus, realizado em Roma de 5 a 26 de outubro de 2008, foi publicada a Exortação Pós-Sinodal Verbum Dei. Assinada pelo papa Bento XVI no dia  30 de setembro deste ano, dia de São Jerônimo. Com 208 páginas, consta de três partes, além de uma introdução e uma conclusão. A primeira parte fala sobre a Palavra de Deus (Verbum Dei); a segunda discorre sobre a Palavra na Igreja (Verbum in Ecclesia) e a última trata da Palavra no mundo (Verbum mundo).
O Documento é um apelo apaixonado dirigido pelo Papa aos pastores, aos membros da vida consagrada e aos leigos a terem uma familiaridade cada vez maior com a Sagrada Escritura, nunca esquecendo que no fundamento de toda a autêntica e viva espiritualidade cristã se encontra a Palavra de Deus anunciada, escutada, celebrada e meditada na Igreja. “Num mundo que, muitas vezes, sente Deus como supérfluo ou estranho, não há maior prioridade do que esta: reabrir ao homem de hoje o acesso a Deus, ao Deus que fala e comunica o seu amor”.
Bento XVI refere a necessidade de “recuperar plenamente o sentido da Bíblia como grande código para as culturas”, promovendo o seu conhecimento nas escolas e universidades e superando “antigos e novos preconceitos”. A inculturação, alerta, “não deve ser confundida com processos de adaptação superficial, nem mesmo com a amálgama sincretista que dilui a originalidade do Evangelho para torná-lo mais facilmente aceitável”.