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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cardeal italiano denuncia imoralidade por parte de alguns políticos

ROMA, 29 Set. 11 / 10:40 pm (ACI)

O Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, deplorou exemplo imoral que alguns políticos -e mais concretamente os italianos, começando por Silvio Berlusconi -, oferecem às novas gerações.

No dia 26 de setembro, o Cardeal Bagnasco lamentou durante a Conferência do Conselho Episcopal Permanente celebrada em Roma, a conduta do corpo político do país, e recordou que "a questão moral, quando corresponde à política, tem inegáveis incidências culturais e educativas".

O atual exemplo de moral nos políticos "contribui a propagar a cultura de uma existência fácil e hedonista, quando esta deveria deixar passo à cultura da seriedade e do sacrifício, fundamentalmente para aprender a confrontar responsavelmente a vida", explicou.

O Cardeal assinalou que a juventude procura constantemente pontos de referência para enfocar suas vidas e por isso, em matéria de política "trata-se não só de atuar de um modo diferente, mas sim de pensar de um modo diferente: há que purificar o ar, para que as novas gerações –crescendo- não fiquem envenenadas".

"A questão moral, entendida em seu conjunto, não é uma invenção mediática: na dimensão política, como em algum outro âmbito privado ou público, é uma emergência de grande importância, que necessita um chamado urgente", asseverou.

O Presidente da CEI indicou que a Igreja Católica não pode guardar silêncio ante os excessos e o degrado na vida política e institucional e explicou que os que dirigem os países -e mais concretamente na Itália-, devem saber "que há uns deveres específicos de transparência e econômicos: pelo menos, para cumprir com os cidadãos e não humilhar os pobres".

"Especialmente em situações como a atual, onde é um dever recordar o princípio dominante da justiça, assumida com rigor e aplicado sem exceções, para fazer mais suportáveis os ajustes de austeridade".

Berlusconi no centro da mira

A Imprensa italiana e internacional não demorou a fazer eco das palavras do Cardeal e pôr no olho da mira o presidente do Governo Italiano, Silvio Berlusconi, quem costuma ser notícia por seus numerosos escândalos de índole sexual.