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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O pó da terra

Você já sabia que os livros da Bíblia foram escritos em diversos materiais que não o papel, como ele é conhecido hoje, feito de celulose ou reciclado. Já dissemos em postagem anterior que os hagiógrafos utilizaram papiro, pergaminho e cerâmica.
O barro foi utilizado para registrar o conhecimento humano. Misturado com água o barro era facilmente modelado e se transformava no que o homem quisesse. Levava-se ao forno e dava a forma permanente. Mas o homem descobriu que se desenhasse ou escrevesse na chapa de barro haveria um registro para a posteridade.

Atualmente ocorrem diversas escavações na região onde Cristo viveu na tentativa de se encontrar escritos que venham a explicar ou confirmar escritos bíblicos. Há sentido nesta busca porque a cerâmica era bastante difundida naquela época e podem existir muitos escritos em placas de cerâmica ainda não descobertos.
A cerâmica era tão popular nos tempos antigos que para falar da criação do Homem, na Bíblia se utilizou do barro para facilitar até o entendimento das pessoas. Em Gênesis 2,7 está escrito: o Senhor Deus, formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhes nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente.
O pó da terra, o barro, serviu como exemplo para o hagiógrafo que comparou Deus a um oleiro, afirmando o infinito poder transformador de Deus que a tudo e a todos pode moldar. Assim como o oleiro que dá a forma que quer ao barro, o escritor sagrado também afirma que Deus tem este mesmo poder.
Deus poderia nos fazer a partir de uma simples ordem, da mesma maneira que criou o mar, as estrelas, os animais: “faça-se isto, faça-se aquilo”. Mas o Homem Deus o fez usando as suas próprias mãos. É uma comprovação do infinito amor de Deus pela sua criatura, o homem. É uma afirmação do imenso amor pelos seus filhos.