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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dízimo: estar em dia com Javé


 Pe. Jerônimo Gasques.
Não atrase em oferecer de sua abundância e de sua fartura. Entregue a mim o seu filho primogênito; faça o mesmo com seus bois e ovelhas: a cria ficará com sua mãe durante sete dias e, no oitavo dia, você entregará para mim. 
A maioria dos católicos, ainda não despertou para a realidade bíblica do dízimo em sua vida. Por este motivo, a maioria vive se perguntando o que Deus está fazendo com sua prece, seus pedidos etc. Não havendo reciprocidade entre o que recebo e aquilo que dou, a dimensão da gratuidade fica deficiente e na produz o efeito que merece. A maioria fica com o nada ao invés de investir no tudo.

O que é feito em Deus produz bons resultados. É uma questão de experiência de Deus na vida. O dízimo só será verdadeiro quando a pessoa souber fazer esta experiência. Caso contrário, até o R$ 1,00 lhe fará falta. Não nasceu da generosidade, da partilha, do amor, da necessidade de retribuir o melhor que se tem a Deus.
Aqui podemos entender o motivo por que Deus abençoava Abel e não Caim. Este era injusto na retribuição e não escolhia o melhor para Deus. Deus só pode merecer o melhor de nós e, consequentemente, da comunidade. 
Ás vezes criticamos a igreja dizendo que ela é rica e que deveria distribuir seus vasos de ouro, seus cálices etc. para os pobres, enquanto nós mesmos não temos na prática diária essa atitude.
Há uma grande diferença entre pensar e fazer. Como diz o adágio popular. Beleza sem virtude é rosa sem cheiro .
Precisamos mudar de atitude. Em geral pensamos em ser ricos e, pouquíssimas vezes, em ser próspero. Que tal começarmos a mudar a maneira de pensar? Não tentar, não é mesmo? Eu sou aquilo que penso. A riqueza não atraia benção. 
Normalmente ela conduz á maldição, á irrealização faz pessoas que só querem cada vez mais. Para isso, haverá á necessidade de se explorar cada vez mais. Essa é a dinâmica dos ricos.
A prosperidade é ter tudo aquilo que é necessário para ser feliz e realizado pessoal, familiar e socialmente. A prosperidade atrai a benção. A prosperidade é lógica, enquanto a riqueza é ilógica. Querer ser dizimista com a cabeça pensando na riqueza não faz sentido. Será um dízimo sem energia, sem graça, sem sentido e sem valor. Não dou porque tenho sobrando ou demais. 
Contribuo porque sou agradecido ao dom, á graça, ao amor de Deus tem por mim e por isso sou mensalmente agradecido á Deus da vida, que me abençoa e me faz prosperar com alegria na partilha.
Texto do jornal diocesano Anúncio .