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domingo, 25 de setembro de 2011

Motivos que desestimulam a devolução do dízimo – parte 3


·                 Mudanças rápidas de padres
·                 Não continuidade dos trabalhos pastorais

Nas comunidades em que os padres chegam e saem muito rapidamente ocorre um problema de comando, os objetivos mudam e os planejamentos devem ser refeitos e o resultado é uma confusão total. Os projetos muitas vezes ficam paralisados e esta inércia provoca um descrédito na comunidade que hesita em depositar sua confiança na equipe e no pároco.  A conseqüência é uma redução nas ofertas, a não adesão de novos dizimistas e até o afastamento dos antigos. Só após os padres se firmarem em suas comunidades e começar a mostrar o seu trabalho é que as pessoas retornarão a realizar suas ofertas como de costume.


·                 Falta solidariedade, atendimento aos necessitados   
·                 Falta de projetos sociais na comunidade

Algumas paróquias pesquisadas não apresentam, segundo seus paroquianos, projetos sociais voltados para a comunidade e não atendem a uma das dimensões do dízimo que é a dimensão social. Os cristãos católicos estão acostumados a colaborar com os mais necessitados, seja ajudando a manter alguma entidade social, ou dando esmolas, ou visitando creches etc. Os dizimistas mais conscientes sabem que o seu dízimo deve atender aos mais necessitados, também, e quando isto não acontece percebe que algo está errado. É necessário que a Igreja seja solidária e atenda às pessoas mais carentes da comunidade através de algum projeto social: com cursos profissionalizantes, programas de lazer, manutenção de casas de idosos, creches, trabalho com menores abandonados e muitas outras ações. É bonito quando a própria sociedade cuida de si própria. Não atender a esta dimensão social é negar-se a ser Igreja.
Mas, se o dízimo que a comunidade recolhe é tão pequeno que não dá para atender a todas as dimensões que são necessárias, é preciso revelar isto em alto e bom som a toda a comunidade. Se a Igreja não está cumprindo a sua missão e o dízimo não atende a seus objetivos devido a sua baixa arrecadação, a própria comunidade deve ser responsabilizada. É necessário que se explique tudo isto e se chame a comunidade à responsabilidade cristã. É necessário reforçar a evangelização nesta comunidade e que sejam explicadas as passagens bíblicas que se fala de partilha, solidariedade, amor ao próximo etc. Provavelmente há uma falta de compreensão da dimensão bíblica do dízimo e uma ação de evangelização resolverá este problema.

·                 Comportamento inadequado dos padres e lideranças

Algumas pessoas reclamaram que alguns padres não precisam chegar para celebrar a missa em carros de luxo, morem em bairros de classe A ou em apartamentos caros e apresentem um comportamento consumista. Alegam que não darão o seu dinheiro para o padre ficar comprando roupas de grife. Estas pessoas estão corretas, mas não vamos confundir as coisas.
Para ser padre ou para ser líder comunitário não é necessário que a pessoa seja oriunda de uma classe social baixa. Muitos padres são de famílias ricas e tem empregos, lecionam em faculdades ou em mais de um colégio e recebem salários que podem proporcionar um estilo de vida acima da média da população. Mas é necessário que estas informações cheguem a todos da comunidade para não despertar boatos. Mas se mesmo assim o estilo de vida do padre incomoda à comunidade ou o mesmo ostenta o seu poder aquisitivo é preciso que os membros da comunidade conversem com ele, por ser o consumismo e a ostentação desaconselhável não só para o padre, mas para qualquer cristão.
Porém, se o padre não tem empregos e quem o sustenta é a comunidade e, mesmo assim, leva um estilo de vida ostentoso a comunidade pode e deve chamar a sua atenção, pois o mesmo estará lesando a comunidade para manter este estilo de vida contrário aos preceitos cristãos.