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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A consciência de ser dizimista

O dizimista para entregar o seu suado dinheiro na Igreja (não para a Igreja, mas na Igreja, por ser o dízimo propriedade de Deus) deve agir com alegria e espontaneidade. Alegria por estar cumprindo uma vontade de Deus e com espontaneidade por que está é uma das exigências do dízimo: não ser uma imposição. O dizimista deve ser conscientizado e não obrigado a devolver a Deus uma parte daquilo que d’Ele recebeu.
O dízimo, para esclarecer, além de ser espontâneo, deve ser proporcional e regular, ou seja, ser uma porcentagem dos rendimentos do dizimista e devolvido no templo periodicamente. Pode ser semanal, quinzenal, mensal ou até anual, por haver pessoas que recebem seus vencimentos toda semana, de 15 ou 15 dias ou mensalmente. Mas há casos de pessoas que trabalham em locais longínquos, afastados das zonas residenciais, e que após vender seus rebanhos ou sua safra, por exemplo, se encaminham a um templo e ali devolvem o seu dízimo.
Porém, ainda existem dizimistas que contribuem com o seu dízimo, mas não estão conscientes do seu ato. Muitos são dizimistas porque seus pais “pagavam” o dízimo e resolveu continuar com a tradição, para não “zangar” Deus. Ou seja, tratam o dízimo como uma “maldição” ou uma simpatia, como se fosse uma “corrente” que, se quebrada, trará azar pelo resto da vida.
Outras pessoas “pagam” o dízimo para angariar a simpatia de Deus ou para se penitenciar de algo errado cometido e, para diminuir a ira de Deus, “pagam” generosos dízimos. Outros acreditam que sendo dizimista receberão em dobro tudo aquilo entrega a Deus, como se o dízimo fosse um investimento financeiro. Estas pessoas acreditam que seus problemas financeiros acabarão da noite para o dia por ser generoso com Deus.
Também existem pessoas que acham que a Igreja é um pronto-socorro espiritual, uma emergência para as enfermidades resultantes de suas inquietações. O casamento anda mal, a convivência com os filhos está difícil, problemas de relacionamento com os amigos e colegas, tudo é motivo para ir à Igreja. Mas qual o problema? A solução para estes problemas realmente está em Deus. O problema é que quando esta onda de problemas passa, as coisas se acalmam um pouco, estas pessoas voltam suas costas a Deus e abandonam a Igreja novamente. Durante este período em que frequentou a Igreja as pessoas colaboram com o dízimo; mas quando a abandonam deixam de colaborar com o dízimo, pois os seus problemas já se acabaram. Ledo engano, pois estas pessoas não conseguiram perceber que os seus problemas são, na realidade, a ausência de Deus em suas vidas.
Outros dizimistas acham que o simples ato de ser dizimista regular o isenta de frequentar a Igreja. Tem gente que manda o dízimo por terceiros, nem na Igreja entra para entregar o seu dízimo. Estas pessoas não estão conscientes do que é ser dizimista, pois sequer sabe o nome do pároco e se cruzar com ele na rua não o reconhecerá. Mas para diminuir a culpa de não frequentar as missas colaboram regularmente com o seu dízimo pontualmente.
Graças a Deus existem os dizimistas conscientes de que a sua devolução é um ato de fé em Deus, que está devolvendo com alegria um pouco daquilo que Deus ofertou para a sua vida. Este dizimista sabe que este pouco que devolver manterá viva a missão da Igreja e atenderá as dimensões litúrgica, missionária e social.