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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Motivos que desestimulam a devolução do dízimo – parte 1

Infelizmente ainda existem pessoas que ainda não se conscientizaram da necessidade de obedecer a Deus e devolver o seu dízimo. Pessoas que apesar de frequentar regularmente a Igreja ainda relutam em obedecer ao mandamento de sua Igreja e tem aqueles acham que colaborar no momento do ofertório é ser dizimista.
Uma desculpa para não assumir o compromisso do dízimo utilizada por algumas pessoas é de que os padres já são muito ricos para precisar de seu dinheiro. Ou de que não dará dinheiro para os padres gastarem à toa. Além de desconhecer a realidade de muitos padres por este Brasil afora, é uma desculpa como qualquer outra.
Ora, o dízimo ofertado à Igreja tem o seu destino certo. O dizimista ao entregar o dinheiro para ser administrado pela comunidade fez a sua parte como cristão, já cumpriu com a sua obrigação. Resta a quem o recebeu dar o destino apropriado, empregando-o na missão evangelizadora. Não devemos nos preocupar com isto, porque, se agimos de acordo com a nossa fé, sabemos que a prestação de contas diante de Deus, no tempo devido, será pesada para quem não administrou corretamente o dízimo de Deus.
Existem, também, muitos outros motivos que afastam os cristãos católicos do dízimo. A tristeza desta afirmação é que muitas vezes há motivos justificados e a culpa ou é da própria pastoral do dízimo ou do pároco, conforme uma pesquisa divulgada na revista Paróquias e Casas Religiosas (www.revistaparoquias.com.br). É importante frisar que as respostas a estas pesquisas foram espontâneas e cada pesquisado pode apontar tantas respostas ele achasse necessário (os comentários são do autor e não da revista). As principais causas podem ser, por ordem de ocorrências:

·         Falta de prestação de contas da paróquia para com a comunidade
·Má aplicação dos recursos da comunidade
·Experiências frustradas em doações anteriores

Estes três motivos estão intimamente relacionados e são os principais causadores do afastamento de dizimistas nas comunidades. E, para piorar a situação, afastam até mesmo os voluntários dos serviços nas comunidades, sobrecarregando os voluntários que devem atuar, cada um, em duas ou mais pastorais para manter as atividades missionárias. Alguns párocos afirmam que a comunidade não precisa ficar sabendo da situação financeira da paróquia para evitar assédios de aproveitadores, assaltos, golpes etc. Mas a questão é que o dinheiro é da comunidade e ela tem o direito de saber o que foi feito com as suas ofertas. A transparência é necessária até para afastar suspeitas por parte daqueles que contribuem em relação à lisura da pastoral do dízimo, da tesouraria e do pároco. Está provado que nas comunidades em que a prestação de contas é realizada sistematicamente as ofertas aumentaram de valor, cresceu o volume de dizimistas e os valores arrecadados com o dízimo aumentaram sensivelmente. Logo, prestar contas à comunidade é um bom procedimento, além de ser uma obrigação da pastoral do dízimo.
A outra questão é destinar os valores arrecadados com as ofertas e com o dízimo nas três dimensões do dízimo (litúrgica, missionária e social) e em obras que venham a servir a toda a comunidade. Gastar os parcos recursos em algo que a comunidade não perceba a utilidade é afastar os atuais contribuintes e, também, os futuros. Como exemplo, podemos citar o caso do pároco que endividou a paróquia com a aquisição de um sino quando a comunidade precisava de bancos novos com urgência. A comunidade se reuniu e exigiu que o padre desfizesse o negócio e assim ele o fez. Graças a Deus que a comunidade teve esta iniciativa; pior seria se ela abandonasse o dízimo conjuntamente. Pela atitude tomada percebe-se que é uma comunidade consciente do papel do dizimista.
Para evitar que os dizimistas se afastem devido à insatisfação com o destino dado às ofertas, a pastoral do dízimo deve abordá-los, em forma de pesquisa, e solicitar a opinião deles em relação ao nível de satisfação referente ao tema. A pastoral não deve ter medo de conversar com os dizimistas. Só desta forma é que saberá se o trabalho na comunidade está sendo satisfatório ou não.