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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Qual é o seu Natal?


Natal é tempo de reflexão. Refletir sobre nossas vidas, nossos objetivos, sobre quem somos e o que fazemos.

Como está nossa relação com Deus? Como tenho vivido minha espiritualidade?

Como será meu futuro? Lerei mais a Bíblia? Participarei mais ativamente das missas? Passarei a devolver o dízimo? Darei mais esmolas?

Ou você se preocupou mais em montar o cardápio da ceia? Em ornamentar a mesa com flores e outros enfeites? Ou ficou correndo de um lado para outro comprando cimento, tintas, pincel, escadas para reformar a casa e deixá-la bonita para impressionar os convidados?
 

E os presentes do amigo secreto da empresa, da família? Será que esqueci de comprar o presente de alguém?

Quem foi o ponto central de seu Natal? Papai Noel? As renas? O peru? O espumante? Ou o aniversariante, Jesus Cristo?

Ainda vivemos o Natal. Estamos na Oitava de Natal, ainda estamos no Natal. Ainda dá tempo de rever sua vida, aproveitar o momento. Antes tarde do que nunca. Estamos vivendo o tempo da Encarnação do Verbo, o nascimento do Salvador da humanidade: Jesus Cristo. 

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1, 14)

Deus assume a condição de homem. Infinita misericórdia.

Para celebrar este acontecimento a Igreja reserva um tempo que é denominado de Tempo do Natal ou Oitava de Natal.

A Oitava de Natal refere-se aos oito dias após o nascimento de Jesus. A Igreja convida para celebrarmos esta importante festa dispensando jejuns e penitências, porque o cristão já se preparou desta forma durante o Advento. Agora é o tempo de celebração.

Reproduzo parcialmente um texto de Mons. Carlos para explicar a origem da Oitava de Natal.
A prática da celebração das oitavas pode ter tido suas origens na celebração de oito dias da Festa dos Tabernáculos e da Dedicação do Templo do Antigo Testamento. Porém, o número "oito" também pode ser uma referência à ressurreição, que na igreja antiga era geralmente chamada de "oitavo dia".

Por esta razão, antigas fontes batismais e tumbas cristãs tinham a forma de octógonos. A prática das oitavas foi introduzida pela primeira vez por Constantino I, por conta da festa de dedicação das basílicas de Jerusalém e Tiro, que duraram oito dias. Depois disso, festas litúrgicas anuais passaram a ser observadas na forma de oitavas. As primeiras foram a Páscoa, o Pentecostes e, no oriente, a Epifania. Isto ocorreu no século IV d.C. e indicava a reserva de um período para os conversos terem um alegre retiro.
O desenvolvimento as oitavas ocorreu vagarosamente. Do século IV até o VII d.C., os cristãos observaram as oitavas com uma celebração no oitavo dia, com poucas liturgias durante os dias intermediários. O Natal foi a próxima festa a receber uma oitava. Já pelo século VIII d.C., Roma tinha desenvolvido oitavas não somente para Páscoa, Pentecostes e Natal, mas também para a Epifania e as festas de dedicação de igrejas individuais. Do século VII d.C. em diante, as festas dos santos também passaram a ter oitavas (uma festa no oitavo dia e não uma festa de oito dias), sendo as mais antigas as festas de São Pedro eSão Paulo, São Lourenço e Santa Inês. A partir do século XII d.C., o costume passou a ser a observância dos oito dias intermediários, além do oitavo. Durante a Idade Média, as oitavas para diversas outras festas e dias santos eram celebradas de acordo com a diocese ou a ordem religiosa
. (Mons. Carlos -
http://www.santuariopiedade.com.br).