Por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos (SP)
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz pesquisa e publica o índice de confiança dos brasileiros nas instituições. Em 2010, antes das eleições, no primeiro semestre, a Igreja Católica ocupava a sétima posição no ranking, com 34% de confiança.
Em 01.07.2010, publicamos, sob o título Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, a recomendação aos diocesanos para que não votassem na candidata Dilma Rousseff, no PT e em todos os partidos e candidatos que tinham como proposta a descriminalização do aborto, que é um assassinato de uma pessoa inocente e indefesa.
Depois dos debates sobre o aborto e uma "agenda de valores" nas eleições, a Igreja saltou do sétimo lugar, com 34%, para o segundo lugar, atingindo 54% de confiança. Essa variação de 20% correspondeu a um acréscimo de 38 milhões de brasileiros que voltaram a ter confiança na Igreja Católica.
A FGV publicou nova pesquisa recentemente, referente ao último trimestre de 2011, na qual ouviu 1.550 brasileiros, distribuídos por todos os estados. As Forças Armadas permaneceram em primeiro lugar, a Igreja Católica manteve o segundo e o Ministério Público subiu para terceiro lugar na confiança dos brasileiros.
Na comparação entre a pesquisa do final de 2010, quando a Igreja alcançou 54% de aprovação, com a do final de 2011, quando atingiu 58%, observa-se um crescimento de 4%, em um ano. Isso significa que, dos 190 milhões de brasileiros, mais 7,6 milhões passaram a considerar a Igreja Católica uma das instituições brasileiras mais confiáveis.
Ter 58% de confiança da população brasileira significa que 110,2 milhões de brasileiros consideram a Igreja Católica confiável.